Ai Portugal, Portugal! Porque envelheces assim?
Se Portugal é um país envelhecido, não se encara, no envelhecimento, um processo contínuo de crescimento intelectual, emocional e psicológico. O país envelhece sem glória. Deixou há muito de sonhar. Deixou de ter vontade. Não toma posição frente ao que lhe aparece. Não usa a alavanca da vontade. Já não modela o mundo. Não consegue lidar com ele de uma forma efectiva e de acordo com suas metas, planos e desejos. Senta- se num banco do jardim e inutilmente adormece. Perdeu o potencial inato para executar trabalho ou realizar uma acção. Não saboreia a riqueza e diversidade do pensamento. Não filosofa. Não deseja amorosamente a verdade. Não ama sabedoria. Nem tão pouco deambula como o poeta. Perdeu a alma. Como dizia o poeta, em Fernando Pessoa "a minha alma anda a monte! Oxalá ela nuca me encontre!" Perdeu a percepção da estética. Perdeu sensações. Não vê! Mas se vê, vê a vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades do Outro, porque perdeu a capacidade de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual. E gera em si- mesmo um sentimento tão grande de egocentrismo que renega as virtudes alheias, somente acentuando os defeitos. Perdeu a capacidade que o ajudaria a identificar os seus erros e os da sociedade e corrigi-los com sabedoria. Perdeu o discernimento, a sensatez. A Alegria. Já não espera o Melhor.
"O bom humor espalha mais felicidade que todas as riquezas do mundo. Vem do hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior." (Alfred Montapert)
"O bom humor espalha mais felicidade que todas as riquezas do mundo. Vem do hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior." (Alfred Montapert)
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