O regresso dos folhetins de Janete Clair aos Media Portugueses
O jornalismo isento e imparcial está quase morto. O formato folhetinesco das grandes notícias apresentam narrativas ágeis, profusão de eventos, e "ganchos" intencionalmente voltados para prender a atenção do telespectador, ouvinte ou leitor. Abordam- se preferencialmente temas populares e polémicos que incluem o comentário de inúmeros actores da vida pública nacional.
O casting dos actores faz- se de forma cuidada para personagens que não olham aos códigos deontológicos das suas profissões, mostrando, com extravagância, juízos de valor sempre positivos em relação a este ou aquele tema. Nenhum juízo é negativo!
Destinada às grandes massas, a notícia é publicada à exaustão, de forma parcial e sequenciada, como forma de aumentar ou o share televisivo (ou rádio), ou de tráfego na rede, ou ainda o aumento de venda da imprensa escrita.
A exemplo, atenda- se às horas nobres dos telejornais. Aos noticiários nas rádios. Às notícias de primeira página. A trama é sempre o centro das atenções. Os acontecimentos passam a ser elos de uma vertiginosa cadeia de eventos e foco principal do interesse dos telespectadores, ouvintes ou leitores.
É verdade... as notícias são dadas para vender. Arranjam sempre mais uma maneira de revitalizar uma coisa já gasta, depois de terem levado à exaustão outro sensacionalismo qualquer...num "loop" eterno...
ResponderEliminarÉ a única maneira de facturar e desviar as atenções àquilo que realmente interessa...